25º Domingo do Tempo Comum
As leituras deste domingo nos recordam a responsabilidade dos administradores e de todos aqueles que ocupam cargos elevados e têm sob sua guarda outras pessoas.
Jesus nos advertiu: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21).
Vivemos neste mundo, crescemos, estudamos e trabalhamos. Cada qual com sua vocação. O matrimônio, em especial, é uma realidade que sofre os efeitos do peso da vida cotidiana e da luta pelo sustento da família. Mas Jesus nos recorda: o que é de Deus deve ser dado a Deus.
Embora utilizemos o dinheiro como exigência deste mundo, ele deve ser tratado com sabedoria e moderação. Pois é no dinheiro que encontramos uma tentação perigosa: ele nos oferece poder e controle, exatamente o que a serpente ofereceu a Eva no paraíso (cf. Gn 3).
Jesus nos lembra com firmeza: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
A atenção deve ser ainda maior quando se trata daqueles que lidam com grandes quantias de dinheiro e posses, especialmente os administradores e governantes. Quem administra o que é dos outros precisa de vigilância redobrada, pois é facilmente tentado a se apropriar do que não lhe pertence.
Mesmo em pequenas coisas, como em uma injustiça financeira ou em um acordo desbalanceado, o mal se infiltra sorrateiro. A serpente enganadora sempre sussurra planos de esperteza que derrubam corações frágeis diante do dinheiro.
“Ai daqueles que exploram os pequeninos!”
Pois o Senhor disse: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram” (Am 8,7).
E ainda: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40).
As leituras também nos exortam a rezar pelos que governam, pois sobre eles recaem ainda maiores tentações.
São Paulo escreve a Timóteo: “Antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças por todos os homens, pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade” (1Tm 2,1-2).
E acrescenta: “Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (1Tm 2,8).
Os governantes necessitam de nossas orações para permanecerem firmes na fé e no caminho da retidão, mesmo em meio às grandes tentações do poder e do dinheiro.
Ó Deus eterno e todo-poderoso, em cujas mãos estão os corações dos homens e os direitos dos povos, olhai com bondade os que nos governam. Para que, por vossa graça, se fortaleça em todo o mundo a segurança dos povos, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa, concedei-lhes governar com sabedoria e justiça, a fim de que reine sobre todos os povos a paz duradoura.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
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