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Pela Sua Santa Cruz remistes o mundo!

Santa Helena, mãe do imperador Constantino, é lembrada como a santa que encontrou a Verdadeira Cruz de Cristo em Jerusalém, no século IV. Esse acontecimento deu origem à festa da Exaltação da Santa Cruz, celebrada em 14 de setembro, na qual a Igreja recorda a descoberta e a veneração do madeiro da salvação.

Por volta do ano 330, movida por profunda fé, Helena viajou à Terra Santa em busca das relíquias da Paixão de Jesus. Durante as escavações em Jerusalém, foram encontradas três cruzes. Para reconhecer a de Cristo, trouxeram até ali uma mulher gravemente enferma. Ao tocar o madeiro verdadeiro, ela foi curada de forma milagrosa, confirmando sua autenticidade.

A Cruz, outrora instrumento de suplício e vergonha, tornou-se, desde então, sinal de redenção e esperança para os cristãos.

Na liturgia da Exaltação da Santa Cruz, recordamos também o episódio do povo de Israel no deserto: murmuravam contra Deus, desprezando o maná, o pão do céu, e injuriando Moisés. Como consequência de seus pecados, foram atacados por serpentes venenosas. Arrependidos, clamaram por misericórdia, e o Senhor ordenou que fosse erguida uma serpente de bronze sobre um madeiro. Quem a olhava com fé, era curado.Assim, aquilo que parecia sinal de castigo se tornou meio de salvação.

Do mesmo modo, Cristo assumiu sobre si a pior das punições humanas: a morte de cruz. Ele se fez obediente até o fim, para colher em si nossas culpas e nos libertar do pecado.

Quantas vezes também nós murmuramos, desprezamos o pão do céu – a Eucaristia – e desejamos voltar ao “Egito” do pecado. Mas o Senhor, paciente e misericordioso, vem sempre ao nosso encontro para nos salvar.

Como diz São Paulo: “Cristo esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se semelhante aos homens. Humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.” (Fl 2,7-8)

E o próprio Jesus nos recorda no Evangelho: “Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,14-16)

A Cruz, portanto, não é sinal de derrota, mas de vitória. É nela que encontramos a medida do amor de Deus por nós.

No Eco da Palavra, buscamos refletir sobre os detalhes das leituras diárias que podem passar despercebidos nas homilias. Cada versículo tem uma riqueza infinita, e aqui, ecoamos essas pequenas grandes revelações para alimentar a fé e aprofundar a vivência da Palavra de Deus no dia a dia.