“Os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos.” (Sb 18, 9)
Você já parou para pensar que seguir a Cristo não é apenas compartilhar bênçãos, mas também perigos?
Que não se trata de algo imposto, mas de uma escolha sua… e que, mesmo assim, você pode voltar atrás quando quiser?
Optar por este caminho é fruto de uma decisão livre e consciente. Seguir a Cristo significa aceitar não apenas as graças, mas também as perseguições que inevitavelmente virão (cf. Mc 10,29-30).
Assim como aqueles que, pela fé, se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra (cf. Hb 11,13), reconhecemos que nossa pátria definitiva não está aqui:
“Declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, e se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste.” (Hb 11,13-16)
Viemos por livre arbítrio e temos até a liberdade de regressar, mas escolhemos avançar. Buscamos a vida eterna por decisão própria, mesmo conscientes das dificuldades do caminho.
O Senhor nos lembra: “Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Lc 12,34)
E você? Onde está o seu coração? Num lugar que passa… ou na eternidade que habita em Deus?
Jesus ainda nos adverte: “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” (Lc 12,48)
Deus nos deixa livres para escolhê-Lo e livres para regressar a qualquer momento. Mas quem experimenta a graça não deseja voltar ao mundo. Reconhecemos que somos estrangeiros aqui, chamados a uma missão que nos traz grandes responsabilidades… e, sim, que também nos torna alvo de perseguições. Mas permanecemos, porque sabemos para onde vamos e para quem vivemos.
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