“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” Ap 3,15-16
Essa palavra de Jesus à Igreja de Laodiceia não é para os ateus. É para nós, os que dizemos crer. Então, deixo a pergunta ecoar no teu coração:
Tens certeza de que és verdadeiramente católico?
Em um mundo onde muitos se dizem católicos apenas no nome ou na tradição familiar, é urgente olhar para dentro e refletir: minha fé é viva ou morna?
Ser católico não é apenas repetir orações, que apenas cita orações escritas. Não é frequentar a missa por obrigação, escultando as leituras e o padre com indiferença e esperando ansiosamente que ela acabe. Onde esta ali porque é obrigado por alguém ou moralmente. Não é apenas “cumprir um preceito”. Ser católico é viver a fé.
“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim.”
— Isaías 29,13, citado por Jesus em Mateus 15,8
Reze sabendo o que está rezando. Viva as palavras que saem da sua boca. Quando você responde “Amém”, sabe o que está confirmando? Quando você diz “Creio”, entende o que está professando?
“Não percebem que o que entra pela boca vai para o estômago e mais tarde é expelido? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso o que contamina o homem.” Mt 15, 11
Preste atenção nas palavras e orações ditas na missa, e ore com elas. As palavras da Missa não são enfeites litúrgicos; são alimento espiritual. Quando, na Oração Eucarística, o padre diz: “Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós e dai-nos participar da vida eterna”. Não é apenas um trecho bonito — é uma súplica real. Faça dela a sua súplica também!
O Catecismo nos lembra que “a liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força” (CIC §1074). Ou seja, a Missa não é só um ritual; é encontro com Deus vivo.
São João Maria Vianney dizia:
“Se soubéssemos o que é a Missa, morreríamos de amor.”
Se tu és católico, então responda-me com sinceridade.
Crês que Deus Pai é o criador de tudo? Tem fé que Deus é Deus?
Crês em Jesus Cristo e em toda a sua história aqui na terra? Que foi concebido pelo Espírito Santo, na Virgem Maria. Que foi julgado por Pôncio Pilatos. Foi crucificado, morto e sepultado. E ainda que desceu a Mansão dos Mortos?
Acreditas que Cristo viveu entre nós, foi julgado por nossos pecados e sofreu muito?
Acreditas que ressuscitou ao terceiro dia? Crês que Cristo venceu a morte? E está sendo à direita de Deus Pai!
De onde há de voltar e julgar os vivos e os mortos. Crês que Cristo voltará?
Crês na Trindade? Em Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo?
Crês que os santos estão em santidade juntos no Reino de Deus?
Crês que a igreja tem a autoridade para o perdão de pecados?
Crês que ao final de tudo, haverá a ressurreição da carne? E que a Vida Eterna nos espera?
E obviamente, crês na Igreja católica?
Ou seja, se você poder rezar o Credo, acreditando em cada uma das palavras que sair da sua boca, então você é católico! Mas se só repete por hábito, por tradição ou por pressão… então é hora de acordar.
“Cristãos, sede o que sois: novos homens, transformados por Cristo.” Santo Agostinho
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