(Cordel para Corpus Christi)
No dia de Corpus Christi,
Data de fé e louvor,
Recordamos com carinho
O Pão Santo do Senhor.
Que se parte, que se entrega,
Pra ser vida e ser amor.
Disse Jesus no Evangelho,
Com voz firme, sem temer:
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
E com fé e esperança,
O milagre da partilha
Nos convida a compreender.
E pra ilustrar bem bonito,
Conto agora, meu irmão,
De Dom Bosco, um santo amigo,
Cheio de fé e oração.
Com seus jovens dedicados,
Seguia sua missão.
Foram rezar no cemitério,
Pelas almas a orar.
Prometeu aos seus meninos,
Que na volta, ao chegar,
Castanha ia servir,
Pra juntos compartilhar.
Mas deu-se um grande engano,
A mãe dele, sem saber,
Em vez de encher três sacos,
Só cozinhou pra comer
Uns três ou quatro quilos,
Que mal dava pra entender.
José Buzzetti, o moço,
Ficou logo a se assustar:
“Com castanha desse tanto,
Ninguém vai se alimentar!”
Mas Dom Bosco, homem de fé,
Disse: “Vamos confiar.”
Com a cesta em suas mãos,
Sem medo de faltar,
Foi chamando os rapazes,
E começou a entregar.
E a cesta, coisa bonita,
Nunca quis se esvaziar!
Castanha saia aos montes,
De mão cheia ele dava.
E o povo, desconfiado,
Olhava e se admirava.
E aquele cesto pequeno,
Milagrosamente, bastava.
Quatrocentos ali comeram,
Se alegraram de verdade.
E a turma então percebeu
Com toda sinceridade:
“Dom Bosco é mesmo um santo,
Homem de fé e bondade!”
Esse milagre nos fala,
De um amor sem divisão,
De partir e repartir,
De cuidar do nosso irmão.
Fé que vira alimento,
Multiplica o coração.
No altar da Eucaristia,
Jesus vem nos ensinar,
Que o milagre acontece,
Se a gente quer partilhar.
E a vida fica mais doce,
Quando se aprende a amar.
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