São aqueles firmes na fé, que acreditam em algo maior do que todas as coisas.
A identidade do cristão está enraizada na fé viva, firme como rocha, que transcende todas as coisas visíveis. Ele crê no Invisível, no Eterno, no Deus que fez novas todas as coisas.
São aqueles que sabem que passaram por sofrimentos – por grandes sofrimentos.
Como nos recorda São Paulo em meio às primeiras comunidades: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus” (At 14,22). Sim, o cristão sabe que a cruz é inevitável, mas não caminha sozinho. O próprio Amor foi à frente, carregando a sua.
E, sobretudo, serão reconhecidos pelo amor.
São aqueles que amam: amam a si mesmos, amam aos próximos, amam os desconhecidos, amam os diferentes, amam os inimigos.
O verdadeiro cristão é reconhecido por um sinal indelével: o amor. “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,34-35).
Santa Teresa de Calcutá dizia: “Não são as grandes coisas que Deus nos pede, mas muito amor nas pequenas coisas.”
E é com esse amor que o cristão deseja que todos conheçam o próprio Amor – Aquele que é a fonte, o caminho e o fim.
Por isso pregam o nome d’Aquele que os enviou. E, ao ensinarem sobre o Amor, podem sofrer por isso, pois quem é contra o Amor se levantará contra eles.
Sofreram e choraram as perseguições – mas serão lágrimas de amor.
Por isso, não temem pregar o nome d’Aquele que os enviou, mesmo que isso custe perseguição, como advertiu Jesus: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, odiou a mim” (Jo 15,18). Mas mesmo as lágrimas derramadas se tornam sementes de esperança, pois “Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos” (Ap 21,4).
Essa terra passará. Mas nascerá um novo céu e uma nova terra, onde “não haverá mais morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou o que havia antes” (Ap 21,4).
E Deus habitará no meio do seu povo, e o Amor florescerá eternamente.
Portanto, se és cristão, sofre – mas com a alegria de quem sabe que o próprio Cristo sofreu por ti. Sofre pelo Amor, que é entrega verdadeira. Não deixes que o medo te governe. Entrega tuas dores aos pés da Cruz e serás redimido.
Se és cristão, confia. Ama. Entrega.
Vive o amor por aquele que é o Amor.
